Segundo relatos, pessoas familiarizadas com o assunto, os executivos da Microsoft se reunirão com a presidente da Federal Trade Commission (FTC) dos EUA, Lina Khan, para fazer uma declaração final sobre a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft.
A FTC, uma importante agência antitruste dos Estados Unidos, está prestes a tomar sua decisão final sobre o acordo de US$ 69 bilhões, que, se aprovado, tornaria a Microsoft a terceira maior empresa de jogos do mundo. Os comissários da FTC são responsáveis por decidir e votar as ações da agência, e as chamadas reuniões de “últimos ritos” entre eles e as empresas envolvidas costumam ser o último passo antes de uma ação judicial ser movida ou um acordo ser alcançado.
O presidente da Microsoft, Brad Smith, e outros executivos da empresa devem comparecer à reunião, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
A FTC e um porta-voz da Microsoft se recusaram a comentar.
A Microsoft anunciou planos em janeiro para adquirir a Activision Blizzard, proprietária de jogos populares como “Call of Duty” e “World of Warcraft”. A aquisição seria a maior da história da Microsoft e estaria entre as 30 maiores aquisições da história empresarial mundial.
Lina Khan, uma ex-professora da faculdade de direito da Universidade de Columbia que assumiu o comando da FTC no ano passado, adotou uma abordagem mais agressiva para os acordos de fusões e aquisições desde que assumiu o cargo. Na reunião de terça-feira, ela se recusou a comentar sobre o acordo Microsoft-Activision Blizzard, citando a investigação em andamento. Mas ela negou que a FTC se oponha a fusões e aquisições. Ela também disse que manter a inovação em mercados emergentes é uma prioridade.
“Acho que algumas pessoas entenderam mal a FTC e pensaram que parecíamos ser contra o acordo.” Ela disse. Mas “quando você aumenta a consolidação, aumenta a concentração e reduz a concorrência, isso tem um impacto negativo real na inovação”. Ela disse: “Empresas e monopólios mais antigos não serão incentivados a inovar ou realmente ultrapassar os limites tanto quanto fariam se estivessem enfrentando uma concorrência acirrada”.
O acordo também precisa ser aprovado pelas autoridades antitruste do Reino Unido e da União Européia, ambas preocupadas com a possibilidade de a Microsoft restringir o acesso a jogos populares em sistemas rivais, principalmente o PlayStation, da Sony.
A vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, disse na terça-feira, à margem de uma reunião em Washington, que a UE ainda não iniciou negociações com a Microsoft sobre uma possível compensação.